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Burnout: Quando o Cansaço se Torna um Sinal de Alerta

  • Foto do escritor: Psicóloga Valéria Guilhermina
    Psicóloga Valéria Guilhermina
  • 19 de dez.
  • 3 min de leitura

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O que é Burnout?

O Burnout é um estado de esgotamento físico, emocional e mental provocado por estresse crônico prolongado, geralmente relacionado ao trabalho, excesso de responsabilidades ou ambientes de alta exigência.


Uma analogia simples ajuda a compreender: imagine um celular sendo usado o dia inteiro com vários aplicativos abertos, brilho no máximo e sem chance de recarregar. No início ele até funciona, depois começa a travar, aquecer, desligar sozinho — até não responder mais. O Burnout acontece de forma parecida com o corpo e o sistema nervoso.


Diferente do estresse comum, o Burnout não melhora com um fim de semana de descanso ou férias curtas. Ele se instala aos poucos, muitas vezes de forma silenciosa, e passa a afetar todas as áreas da vida: trabalho, relações, saúde física e emocional.


Sinais iniciais de Burnout que não devem ser ignorados

O corpo costuma avisar antes do colapso. Alguns sinais frequentes incluem:

  • Cansaço persistente: acordar exausto mesmo após uma noite de sono

  • Irritabilidade e impaciência: pequenos problemas parecem enormes

  • Queda de concentração e foco: ler e não absorver, começar tarefas e não concluir

  • Instabilidade emocional: choro fácil ou sensação constante de estar “no limite”

  • Redução do rendimento: muito esforço com pouco resultado

  • Perda de motivação: atividades antes prazerosas passam a parecer sem sentido

  • Sintomas físicos recorrentes: dores musculares, tensão constante, queda de imunidade, palpitações, gastrite, cefaleias


    Se você identifica três ou mais desses sinais, é provável que seu sistema nervoso esteja operando em estado de alerta prolongado e pedindo regulação.


Como o Burnout se desenvolve: os estágios do esgotamento

O Burnout não surge de repente. Ele costuma seguir um percurso previsível:

1. Fase da empolgação

Energia alta, expectativas elevadas, envolvimento intenso.A pessoa ignora limites, acredita que “dá conta de tudo”.

2.Fase da sobrecarga

O descanso começa a ser sacrificado.Alimentação, sono e lazer vão ficando em segundo plano.

3. Fase da exaustão

Surgem sinais claros: cansaço extremo, lapsos de memória, ansiedade, irritabilidade constante.

4.Fase da despersonalização

Distanciamento emocional, cinismo, indiferença.É como trabalhar no “piloto automático”, sem presença afetiva.

5. Fase de colapso

O esgotamento se torna incapacitante: afastamentos, crises físicas e emocionais, sintomas psicossomáticos importantes.


Essa progressão explica por que muitas pessoas só procuram ajuda quando o corpo já não consegue mais sustentar o ritmo.


Como prevenir o Burnout

A prevenção do Burnout envolve regulação do sistema nervoso, revisão de hábitos e suporte emocional consistente:


  • Regulação emocional diária: respiração 4–6, pausas curtas, nomear emoções, práticas somáticas

  • Limitação de demandas: aprender a dizer “não” sem culpa

  • Higiene do sono: rotina previsível, redução de telas, horário regular

  • Organização da carga de trabalho: microtarefas, priorização realista e pausas estratégicas

  • Alimentação reguladora do sistema nervoso: alimentos naturais contribuem para estabilidade de humor e energia

  • Conexões afetivas: compartilhar a carga emocional reduz o impacto do estresse

  • Psicoterapia e terapias integrativas: como TRG, reflexologia clínica, auriculoterapia neurofisiológica e técnicas regulatórias

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Checklist rápido de atenção

✔ Acorda cansado mesmo dormindo?

✔ Está mais irritado(a) do que antes?

✔ Esquece tarefas simples?

✔ Perdeu interesse pelo que antes gostava?

✔ Tem se isolado socialmente?

✔ Convive com dores e tensão constantes?

✔ Trabalha muito e rende pouco?


Quanto mais respostas “sim”, maior a necessidade de buscar suporte.


Burnout tem tratamento e recuperação

O Burnout se constrói silenciosamente, mas prevenção, tratamento e recuperação são possíveis. Reconhecer os sinais é o primeiro passo para interromper o ciclo de exaustão antes que ele avance.


Reconhecer os sinais é o início da mudança


Se ao longo desta leitura você se reconheceu em alguns dos sinais descritos, saiba que o Burnout não precisa ser atravessado sozinho(a).

A entrevista inicial sem custo oferece um espaço de escuta qualificada para compreender como esse esgotamento vem se construindo, avaliar, com critério clínico, sua demanda atual e considerar, com responsabilidade, o início do acompanhamento terapêutico.

Caso faça sentido para você, este pode ser um primeiro passo para interromper o ciclo de exaustão e reconstruir formas mais sustentáveis de viver, trabalhar e se relacionar consigo mesmo(a).

Caso sinta que este é um momento de olhar com mais atenção para sua vida emocional, coloco à disposição um acompanhamento terapêutico sustentado por formação contínua, experiência clínica e compromisso ético, para caminhar com você nesse processo.


 
 
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